Na tarde do dia 20 de maio estagiárias do curso técnico em Enfermagem da Faculdade de Arapoti (Fati) foram até o Centro de Atendimento Integral à Criança (CAIC) para falar sobre higiene.

Reunidos na quadra do Centro, os alunos assistiram a uma peça encenada pelas próprias  estagiárias. Ela contava a história de uma estrela que não gostava de tomar banho, e por isso não brilhava como as demais. Foi uma forma de introduzir a importância de se fazer corretamente a auto-higiene.

Depois as crianças foram separados em três grupos: meninos e meninas de 07 e 08 anos de idade, somente meninas de 09 a 15 anos e somente meninos também de 09 a 15 anos.

â??Ã? importante separar os meninos das meninas maiores porque eles já possuem um certo pudor para falar sobre higiene íntimaâ?, explica Emilaine Gregório Klichowski, diretora da estratégia da Saúde da Família e coordenadora do curso técnico em enfermagem.

Com os pequenos foram abordadas questões como lavagem das mãos antes de pegar nos alimentos e cuidados básicos com a saúde. Já com os dois grupos maiores foram tratados os assuntos de higiene íntima e desenvolvimento corporal, como a primeira menstruação no caso das meninas e possibilidade de fimose com os meninos.

Apesar de um pouco receosos e envergonhados as crianças aproveitaram bem as palestras. â??Elas foram bem receptivas, mostraram que são informadas e tiraram algumas dúvidasâ?, comenta Jaqueline Batrack Santos, estagiária e uma das palestrantes.

Para Claudenice Ribeiro Bassani, coordenadora do CAIC, a palestra foi muito importante e só veio a acrescentar. â??Em casa eles aprendem pouco, pois os pais trabalham o dia todo e alguns têm vergonha de tratar desses assuntos, principalmente cuidados íntimosâ?. Ela ainda acrescentou que o Centro pretende realizar uma próxima palestra, dessa vez sobre educação sexual.

Emilaine ressalta que a prática educativa faz parte do planejamento do Programa de Saúde da Família (PSF), e foi por este motivo que aproveitou a disponibilidade dessas alunas da Fati para darem palestras sobre educação e saúde. Ainda segundo ela, o CAIC foi escolhido por ter crianças de diversas idades e de diferentes realidades.