Não foi na mesma proporção que em janeiro de 2010, ainda. Mas a forte chuva que caiu no município na noite da terça-feira (11) com duração de três horas, entre 19h e 22h, já causou grandes estragos na região urbana. São pelo menos 25 casas com avarias decorrentes do alto acúmulo de água, mas por enquanto ninguém está desabrigado. No entanto, existe a orientação da Defesa Civil â?? Bombeiro Comunitário para que algumas famílias deixem as residências, já que estão em local de risco. Ainda não há informações sobre danos na região rural, mas técnicos da Prefeitura estão indo a campo para descobrir possíveis pontos atingidos para dar o suporte necessário.

O bairro Aratinga foi o mais atingido, como no ano passado. A região é a que mais tem casas destelhadas e muros caídos. O córrego que faz o limite com a Vila Fabiana, voltou a subir o nível e no prolongamento da Rua Nabor Alves de Mesquita e início da Rua Luis Antônio da Silva, a tubulação não agüentou a força da água e rompeu. Já na Vila dos Funcionários houve alagamento, por conta de outro rio que passa pela região. Segundo a responsável pelo setor de planejamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), grande parte destes danos decorreu por causa do mau depósito de lixo, nas encostas dos rios. â??Nós trabalhamos com a população sempre para que não façam isso, mas infelizmente este problema continuaâ?. Também houveram estragos na Vila Matadouro e o prédio do Centro de Especialidades Odontológicas, que fica no Centro Cívico, foi parcialmente danificado e veio abaixo.

A quarta-feira (12) foi de trabalho conjunto entre as secretarias de Assistência Social (SMAS), Ifraestrutura (SMI), SMMA e Defesa Civil (DF). O objetivo é começar a reparar os danos prioritários para que a cidade possa voltar à rotina. A SMAS iniciou o cadastramento das famílias atingidas e ao mesmo tempo começou a assistência distribuindo cobertores, colchões, alimentos e roupas. A SMI faz agora o levantamento dos danos, mas caminhões, patrolas e retro-escavadeiras já trabalham na demanda. A SMMA trabalhou durante todo o dia na limpeza da cidade, retirando os entulhos trazidos pela água, as quatro árvores que foram derrubadas no Aratinga e também na Vila Romana. A DF auxilia em todas as áreas que necessitam de atendimento.

A preocupação das autoridades de Arapoti continua, porque a chuva começou a cair forte novamente na tarde da quarta-feira. â??Realmente estamos em estado de alerta, porque a qualquer momento, com esta chuva forte que está, mais estragos podem acontecer.â?, diz a secretária da SMAS, Nalinle Romero. â??Quando comparamos ao ano passado, a gravidade foi menor agora e esperamos que assim continueâ?, complementa.

Chuvas em 2010

O mês de janeiro de 2010 também foi marcado pelos estragos que as chuvas de verão causaram. Ruas foram alagadas, lagos e tanques receberam tanta água que não suportaram e arrebentaram, pontes foram levadas embora pela enxurrada e até um trecho da PR 239, que liga Arapoti a Ventania, desapareceu em meio ao grande volume do Rio Tigrinho. Estradas da zona rural foram encobertas por lama e dezenas de morros tiveram trechos desmoronados. 77 famílias foram prejudicadas pelo temporal na cidade no ano passado.