Iniciativa da secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (SMECE) começou na quinta-feira (10) capacitação para cerca de 50 professores e demais profissionais de educação especial. Esta é a primeira vez que a Prefeitura realiza treinamento neste âmbito, que acontece no Centro Administrativo Municipal. A intenção é dar ainda mais condições a essas pessoas para que ajudem a melhorar o rendimento do aluno com deficiência visual, auditiva, intelectual ou motora em sala de aula. Mas não são somente colaboradores da Rede Municipal de Ensino que participam. Representantes de instituições estaduais, privadas e de Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), também. O curso é composto por três módulos. O primeiro, que começou na quinta, seguiu durante a sexta-feira (11) e no sábado (12). Os demais acontecerão durante os meses de julho e agosto. As etapas, que completarão 120 horas, possuem aulas teóricas e práticas, divididas em 60 horas para cada.

De acordo com os responsáveis pelo curso, pessoas atuantes na educação especial devem entender que a criança com dificuldade de aprendizado precisa, de pelo menos, acompanhamento de uma psicopedagoga e uma psicóloga. â??Ã? extremamente importante que hajam esses dois olhares para uma mesma criança. As avaliações serão diferentes, mas complementares. Por isso mesmo é que daremos os três módulos deste curso com esses dois profissionaisâ?, conta a palestrante da quinta-feira, Maria Inês Delgado. Ela acredita também que é importante o acompanhamento de fonoaudiólogo, neurologista e fisioterapeuta. De acordo com a SMECE, estão sendo licitados, com este intuito, serviços de fonoaudiologia e psicologia, por enquanto. Psicopedagoga já faz parte do quadro funcional.

A Rede Municipal conta hoje com cinco salas de recurso que acompanham crianças com dificuldades nas unidades escolares e mais duas em fase de implantação. Quem coordena esses locais são professores que possuem especialização na área. â??O último concurso público da Prefeitura nos auxiliou neste sentido, pois pudemos contratar novos professores para a sala de aula e aproveitar aqueles que já possuíam essa formação para atuar nas salas de recursoâ?, conta o secretário da pasta, Luiz Onofre Gmunder Louzada.

Segundo ele, com o curso, a Secretaria está aprimorando a capacidade de avaliação dos professores para com os alunos. â??Eles precisam estar preparados para conhecerem as potencialidades de cada criança, que tipo de trabalho pode ser desempenhado por ela, até que ponto pode ser avaliadaâ?, diz.

A coordenadora de Educação Especial da SMECE, Sandirene de Oliveira Rodrigues, aponta 90 alunos na rede municipal com algum tipo de dificuldade no aprendizado. â??São crianças que têm acompanhamento direto nas classes especiais ou salas de recurso. Nosso trabalho tem sido bastante intenso para incluir esses estudantes no convívio das demais crianças, tanto no sentido de aprendizagem quanto de relacionamento interpessoal.

Para a realização do curso, a SMECE fez uma busca ativa dos profissionais que atuam com esses alunos. Tamiris Cristina de Góes Almeida é psicóloga da Apae de Jaboti, mas reside em Arapoti. Ela foi uma das convidadas pela Secretaria a participar das aulas. â??Achei muito interessante essa ideia de dar mais subsídios a professores e demais profissionais que têm o contato diário com essas crianças. Isso, certamente, vai nos ajudar a melhorar o comportamento e o rendimento do alunoâ?.