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Meio Ambiente e Agricultura - Sexta-feira, 09 de Abril de 2010

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Cooperativa de laticínios poderá ser aberta por produtores

Cooperativa de laticínios poderá ser aberta por produtores


Cooperativa de laticínios poderá ser aberta por produtores

Pequenos produtores de leite das localidades Km 44 e Distrito de Calógeras, ambas em Arapoti, estão se unindo para abrir uma cooperativa de laticínios. De acordo com autoridades locais, essas propriedades produzem muito leite e o produto é vendido in natura o que reduz a renda da pequena propriedade. Por isso, agregar valor a esse produto vai aumentar o rendimento das famílias envolvidas e gerar empregos. Consequentemente, o município ganhará na arrecadação e toda a população será beneficiada, pois o imposto coletado será revertido em melhorias para a cidade. A ideia da cooperativa surgiu em conversas entre o Banco do Brasil (BB) e a Prefeitura, por meio das secretarias de Desenvolvimento Econômico e Agrícola. Ã? que o banco coordena o programa DRS â?? Desenvolvimento Regional Sustentável, que tem como premissa justamente melhorar a renda do pequeno produtor de leite. Para isso, o município, por meio do DRS, tem à disposição R$ 1,5 milhão â?? provenientes de repasse do BNDES à fundo perdido â?? para investir na estrutura do empreendimento.

Na semana passada, encontro realizado no Centro Administrativo Municipal (CAM) reuniu a Prefeitura, o BB, o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) para explicar aos agricultores como poderá funcionar a cooperativa. O prefeito, Luiz Fernando De Masi, foi o primeiro a falar sobre o projeto. â??Nós enquanto Prefeitura, o Banco do Brasil enquanto apoiador do DRS, a Emater, a Seab e demais parceiros envolvidos, estamos dispostos a efetivar a cooperativa, mas é necessário disponibilidade dos pequenos e até médios produtores de leite com interesse na ideiaâ?, declara. Para usufruir dos R$ 1,5 milhão será necessária a contra partida da Prefeitura de 10% do valor, ou seja, R$ 150 mil. â??E vamos disponibilizar a quantia assim que confirmarmos a abertura da instituiçãoâ?, afirma De Masi.

Para o gerente da agência do BB de Arapoti, Evandro Delapria, os produtores devem usar o crédito para a cooperativa o quanto antes e aumentar as possibilidades de lucro em cima do leite. â??Não vamos fazer nada de novo, apenas melhorar o que já possuímos. Temos que aproveitar esta linha de crédito a fundo perdido, pois ela só é liberada para os municípios que possuem o DRS, como é o caso de Arapoti. O quanto antes nos organizarmos, melhorâ?. De acordo com ele, o DRS de Arapoti é voltado para a área leiteira por conta do histórico do município, que se destaca no estado como um dos maiores produtores do líquido â?? hoje concentrado em grandes produtores, mas com potencial para os pequenos também.

A proposta da cooperativa foi apresentada inicialmente aos produtores de Calógeras e do Km 44 porque nestes locais já existem as associações, fator que facilita a abertura da cooperativa, segundo Delapria. â??Eles já estão organizados em grupo. Daí, para formar uma cooperativa, as coisas ficam mais fáceis porque eles já têm a mentalidade de grupoâ?. Da reunião, que contou com cerca de 18 produtores de leite, dez saíram dispostos a abrir o empreendimento. A organização na forma de cooperados é outro requisito indispensável para usufruir dos R$ 1,5 milhão. E existe um número mínimo de integrantes inicial: 20. â??Agora vamos fazer outros encontros, em grupos menores com pessoas que não puderam comparecer a este encontro. São potenciais cooperados que tenho certeza, vão querer participarâ?, indica o gerente do BB.

Agentes e consultores especialistas na construção de ambientes para o trabalho com laticínio foram contatados. Eles poderão vir a serem os responsáveis pela implementação e acompanhamento do projeto. O Distrito de Calógeras é o provável local onde será construída a sede, pois tem terrenos próximos à PR Parigot de Souza. â??A localização lá é boa, tem água tratada e energia elétricaâ?, revela Delapria.

Dentro das formas de agregação de valor ao leite, em Arapoti pretende-se produzir o leite empacotado, requeijão, iogurte e doce de leite. â??Achamos que a própria cidade vai consumir estes produtos, não sendo necessário, pelo menos no início, vender para foraâ?, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Chaowiche. Mas ele adianta que a intenção é dar qualidade ao produto de forma que ele possa ter acesso a outros mercados.

De acordo com os idealizadores do projeto, os grandes agricultores de Arapoti, da Colônia Holandesa, por exemplo, também podem ganhar com a cooperativa de laticínios. Isso porque eles têm a possibilidade de firmar parceria com os cooperados para abastecer as propriedades com milho para a alimentação do gado leiteiro. A cooperativa dos pequenos produtores poderá ainda ser associada da Cooperativa Agroindustrial de Arapoti (Capal), por onde poderá ter acesso a diversos tipos de tecnologias utilizadas pelos holandeses.

Emater

O técnico da Emater-PR, José Custódio Guimarães Júnior, foi convidado importante na reunião da semana passada. Ele é especialista em orientar os municípios na abertura de associações e cooperativas. Uma das primeiras coisas a falar na ocasião foi que â??sozinho nós não vamos a lugar nenhum. Por isso temos que nos unirâ?. Vários exemplos de empresas do ramo varejista que se uniram para se fortalecer foram citados por ele, para exemplificar o que podem ganhar com a cooperativa.

Ele explicou também as diferenças entre uma associação e uma cooperativa. Basicamente, a associação não visa rendimento financeiro e representa uma classe com a prestação de serviços. Já a cooperativa desenvolve determinada atividade mercantil com olhar na renda, além de proporcionar a todos os envolvidos os mesmos poderes e deveres. â??Coisa que não encontramos também numa S/A â?? sociedade anônima â?? ou em uma LTDA â?? limitadaâ?, explica Júnior.

Cooperado

No que depender de João Carlos de Abreu a cooperativa será montada. Ele já colocou o nome na lista dos interessados e vai transmitir o convite aos vizinhos em Calógeras. Abreu faz parte da associação do local que detêm cinco pequenos produtores. â??Eu produzo 50 litros em média de leite por dia. Hoje vendo a produção junto com os associados para a Batavo. Mas acredito que poderei lucrar mais com a cooperativa, inclusive aumentar meu rebanho. Vou chamar meus colegas e mostrar o quanto será bom para a genteâ?, declara.

Eduardo Chaowiche convida os pequenos produtores de leite a procurarem o Sindicato Rural Patronal, o BB, a própria Prefeitura (nas secretarias de Desenvolvimento Econômico ou Agrícola) e também a Emater para saberem mais sobre o projeto e possivelmente ingressarem nele. São parceiros do DRS de Arapoti as empresas de assistência técnica Sempre Verde e Potiplan, a Faculdade de Arapoti e a Capal.

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