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Educação - Quarta-feira, 04 de Novembro de 2009

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Arapoti quer presença da Patrulha Escolar Comunitária

Arapoti quer presença da Patrulha Escolar Comunitária


Arapoti quer presença da Patrulha Escolar Comunitária

Encontro na manhã da quarta-feira (14) reuniu dirigentes escolares, representantes de entidades e a Prefeitura para a apresentação do programa Patrulha Escolar Comunitária, da Polícia Militar do Paraná (PM). O pedido veio do gabinete do Prefeito, Luiz Fernando de Masi, e da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.  A movimentação se deu por conta da notícia de que o Governo do Estado assinou decreto que autoriza a formação de mais 100 soldados para atuar na patrulha, informação dada durante congresso sobre segurança pública realizado na sexta-feira (09) em Cornélio Procópio. Diante disso, a administração de Arapoti viu a chance de receber o programa. Ainda no congresso, pediu aos responsáveis para visitar o município e explicar as diretrizes do projeto.

O programa consiste em ter um policial específico para atender as instituições de ensino, ao seu redor e também internamente desenvolvendo atividades pedagógicas junto aos alunos, professores e moradores da região. â??Quando implantamos a patrulha numa cidade, temos algumas etapas de atuação. A primeira é o levantamento da edificação da escola e recolhimento de informações como número de alunos e problemas físicos e comportamentais que a escola possui. Depois aplicamos dinâmica em todos os públicos envolvidos. Em seguida traçamos um plano de ação em cima dos problemas constatados e agimos. A quarta fase é baseada em 11 palestras de 15 minutos sobre os mais diversos assuntos dentro da sala de aula. E, por fim, avaliamos as ações desenvolvidas e vemos se existe a necessidade de mais alguma atitudeâ?, explica o sargento, Aparício Benedito Príncipe.

O chefe de gabinete de Arapoti, Daniel Pereira Azevedo, é uma das pessoas envolvidas no trabalho de trazer o programa para o município. A cidade quer tratar os problemas de violência e drogas desde cedo nas crianças para que se tornem adultos de boa índole. â??Nós começamos a redigir um documento que pede pelo programa. Nele envolvemos diretores escolares, conselhos Tutelar e de Segurança, polícias Civil e Militar, e demais entidades ligadas ao setorâ?. De acordo com ele, o ofício será encaminhado diretamente à Secretaria de Estado da Segurança Pública. â??Queremos, ao menos, um soldado para trabalhar a patrulha na cidadeâ?.

Ainda está indefinida a data para a inscrição dos policiais no curso de formação de patrulhadores escolares. Depois de estarem matriculados, os soldados passarão por um curso de seis meses de duração, sendo três voltados à teoria e três para aperfeiçoar a prática, nas ruas. Enquanto Arapoti não possui os serviços efetivos do programa, pode contar com os soldados da região para palestras sobre temas que envolvem a iniciativa.

Proerd virá na sequência

O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) existe no Paraná desde 2000. Seu foco é na prevenção primária de ocorrências policiais. Com a vinda da Patrulha Escolar para Arapoti, este programa deverá ser implantado logo em seguida, já que estão vinculados.  A atuação acontece nas 4ª e 6ª séries do Ensino Fundamental, além da modalidade para pais. São dez semanas de trabalho com cada turma. Ao final, os estudantes produzem uma redação sobre o que aprenderam e recebem certificados de conclusão. Até o momento, a PM já formou mais de 200 mil alunos no programa.

â??Dentro da escola seguimos algumas fases de desenvolvimento. Primeiramente ensinamos ao aluno qual a melhor forma para tomar uma decisão em situação de risco, como o oferecimento de drogas, por exemplo. No nosso modelo de tomada de decisões a pessoa analisa as possibilidades de resolução do problema e aí toma uma atitude. Fazendo isso, a criança pensa antes de fazer e não age no impulso ou pressão de momento, o que é fundamental. Em seguida falamos sobre drogas básicas como o álcool e o cigarro. Depois sobre maconha e a facilidade de acesso. Os próximos temas são inalantes como esmalte de unha e combustíveis. Os orientamos, sempre, a se distanciar desses produtosâ?, conta o soldado, Edvaldo de Arruda.

Segundo ele, a droga está inserida tanto em instituições públicas quanto particulares de ensino e são de fácil acesso. â??Hoje o traficante visa desde a criança de oito anos a um estudante de universidadeâ?, indica. Mais, ainda de acordo com ele, o uso não acontece dentro da escola. â??Geralmente o que acontece para dentro dos muros é apenas a venda. O consumo é feito mais fora da escola. Mas é fácil perceber se o aluno ingeriu droga. Basta prestar atenção se ele está muito agitado, com atitudes violentas; se apresenta olhos vermelhos e cansaço excessivoâ?. No entanto, o diagnóstico da criança deverá ser feito em parceria entre escola, PM e família. Segundo as diretoras escolares, a vinda da Patrulha Escolar já deve inibir a atuação de traficantes aos arredores das escolas, mas fazem questão também do Proerd.

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