Sexta-feira (28) foi dia de treinamento diferenciado para os nove soldados que contemplam a Defesa Civil â?? Bombeiro Comunitário de Arapoti. O sargento que responde pelo quartel, Edmilson Máximo da Rosa, aproveitou a estrutura da caixa dâ??água do Centro Administrativo Municipal, que possui 23 metros de altura, para exercitar o chamado salvamento vertical, mais conhecido por â??homem aranhaâ?. A ação fez parte dos treinamentos constantes que os bombeiros realizam, mas desta vez serviu também como aula prática da matéria de salvamento do Curso de Socorrista, pelo qual a equipe passa. Também foram passadas no dia práticas de atendimento pré-hospitalar em situações de emergência. O fato chamou a atenção de muitos curiosos que foram acompanhar as atividades.

Ã? fato, os soldados necessitam estar preparados para qualquer eventualidade, principalmente as de caráter emergencial. Por isso, é de fundamental importância que estes homens tenham o psicológico estruturado. â??Quando trabalhamos com adversidades que mexem com o emocional como altura, mergulho, resgates em geral, este bombeiro tem que estar seguro de si, saber que pode desenvolver determinada atividade. Se isso acontecer sem nenhum treinamento, é possível que o trabalho não saia com qualidade, por isso da necessidade dessas práticasâ?, argumenta o sargento. De acordo com ele, são nessas ocasiões em que ficam evidentes as habilidades de cada soldado. â??De acordo com isso, numa situação que exija este tipo de desenvoltura, saberemos quem chamarâ?.

A descida â??homem aranhaâ? é bastante eficaz em ocorrências como salvamento de suicidas em edifícios ou ambientes em altura; resgate de profissionais que trabalham com limpeza ou pintura de prédios. Segundo os bombeiros, acidentes desta espécie mais comuns do que se imagina. â??Em nossa região temos muitas pedras com fendas e pessoas que se aventuram na prática de rafting, por isso temos que estar sempre apostosâ?, diz Máximo que acredita que o processo de repetição do exercício é o que vai garantir a qualidade do atendimento num momento de crise. Diversos equipamentos como cordas repletas de normas de segurança e especialmente desenvolvidas para este fim, mosquetão, roldanas e talas são necessários para esta atividade que na sexta durou cerca de três horas.