Desde que o Posto de Bombeiro Comunitário (PBC) foi instalado em Arapoti, há pouco mais de dois anos, a rotina de atendimentos a ocorrências têm mudado. Isso porque a qualidade e a rapidez nas abordagens melhoraram significativamente, já que antes era a guarnição de Jaguariaíva quem supria a demanda da cidade e os atendimentos eram precários por conta da demora e número reduzido de homens disponíveis. Trazido para o município por meio de parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado, o PBC faz atendimento 24 horas por dia e realiza treinamento para os dez soldados constantemente. Arapoti já conta com cinco bombeiros especialistas, dois deles em â??socorristaâ? e três em â??mergulhoâ?, um investimento da administração municipal que sente a necessidade dessas formações.

Para os treinamentos são envolvidas pessoas da área da saúde e também a comunidade. O objetivo é tornar a situação o mais real possível. Ornamentos como maquiagem são amplamente utilizados também com este intuito. â??Essas ações são diretrizes que vêm do comando geral do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa. Algumas delas são diárias como os exercícios físicos matinais. Precisamos sempre estar com boa forma para não baixar a qualidade nos atendimentosâ?, conta o sargento responsável pela guarnição, Edmilson Máximo da Rosa. Segundo ele, nos fins de tarde ainda são realizadas simulações de socorro a vítimas pré-hospitalares, descida de happel e transposição de vão, na corda.

Engana-se quem pensa que o trabalho do Bombeiro Comunitário é somente apagar incêndios. Mensalmente o órgão expede relatório com o número de atividades realizadas em diversas áreas. Somente em março, foram 38 ocorrências. â??Arapoti é uma cidade pequena, com cerca de 27 mil habitantes. Então, proporcionalmente falando, este número de acidentes é bastante elevadoâ?, destaca o sargento. No mês passado foram mais procurados pela comunidade combates a incêndios ambientais, com 22 casos; seis atendimentos pré-hospitalares e quatro prevenções e auxílios, que são consultas feitas aos soldados como riscos de poda de árvore. Mas na lista ainda se encontram acidente em meio de transporte, combate a incêndios residenciais e em automóveis, resgate em alagamentos e captura de animais.

Atendimento não autorizado

Segundo o sargento Máximo, atualmente o quartel está recebendo diversos pedidos para o extermínio de abelhas. â??Mas nós não podemos fazer este serviço. A Lei Ambiental 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no seu artigo 29, nos proíbe. E isso é devido às organizações não governamentais, que cada vez mais fiscalizam essas atividadesâ?, comenta. Quem faz este pedido em Arapoti é orientado a procurar os apicultores, que possuem técnica de remoção desses animais para locais afastados da área urbana. Na cidade a população pode entrar em contato com o Bombeiro Comunitário para emergências pelo fone 199 ou então pelo 3557-1539.