Feira de artesanato divulga trabalho informal

Sábado (09) foi dia de vender para muitos artesãos de Arapoti. Ã? que o Memorial Capão Bonito â?? Casa da Cultura promoveu uma feira de artesanatos para divulgar os artistas locais. Ao todo, 50 produtores de arte levaram peças para venda e a iniciativa se tornou bastante diversificada com vários artigos para decoração doméstica, além de gêneros alimentícios, artes plásticas e vestuário. De acordo com os organizadores, a ideia da feira surgiu da necessidade de valorizar o artesão e também potencializar suas vendas para a data comemorativa ao Dia das Mães. Durante todo o sábado, cerca de 400 consumidores passaram pela Praça Luiza Possato Amâncio.

A Casa da Cultura não ficou com nenhuma porcentagem do que foi vendido, â??nós queremos mesmo é incentivar os nossos artistas, mostrar a riqueza desses trabalhos, que muitas vezes não são valorizados e nem reconhecidos, mas que demonstram o verdadeiro dom das pessoasâ?, esclarece a chefe da divisão de Cultura de Arapoti, Valéria Gouveia.

Segundo ela, a feira deve acontecer outras vezes. A próxima edição está prevista para agosto e deverá acontecer na Feira do Produtor. Existe ainda a pretensão de se fazer outra no período de Natal, quando serão produzidos artigos temáticos. â??Para o ano que vem queremos fazer a feira mensalmente. Temos um projeto para a cobertura de toda a Praça Luiza Possato Amâncio e isso vai facilitar a instalação desses artistas. Em 2010, este evento provavelmente acontecerá no primeiro sábado de cada mês, que é o dia em que o comércio da cidade fica aberto o dia todoâ?.

Em Arapoti os artistas já possuem lugar fixo para a comercialização de seus produtos, sem pagar pelo espaço. A Casa do Artesão, localizada junto ao local onde acontecem as feiras da lua e do produtor, tem hoje cerca de 10 expositores e possui espaço para mais pessoas. Na feira do último sábado, a maioria dos artesãos ainda não eram filiados à Casa e na ocasião foram convidados a se integrarem. â??Até o fim deste ano pretendemos reformar o local, abrindo uma porta para a rua, já que hoje o acesso é somente pelos quiosques. Isso vai dar mais visibilidade às peçasâ?, diz Valéria.

Há dez anos o artista plástico Perso Galhardo, de 83 anos, confecciona monumentos em miniaturas. O material utilizado nas obras são palitos de sorvete, de churrasco, pequenas pedras e grãos desidratados. â??Já perdi a conta de quantas casas e prédios já fiz. Me orgulho delas, especialmente as que foram para Holanda e também outros estados brasileirosâ?, conta. Ele, que levou 16 peças para vender no sábado, pretende participar das próximas edições da feira.